segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Cielo 'vira mexicano' em estreia no Pan, interage com público e expõe lado poliglota


Cesar Cielo comemorou muito a vitória nos 100m livre após cravar 47s84 na final
Cesar Cielo comemorou muito a vitória nos 100m livre após cravar 47s84 na final

Cielo 'vira mexicano' em estreia no Pan, interage com público e expõe lado poliglota

    Os gritos vindos das arquibancadas do Centro Aquático são fortes. A torcida mexicana apoia seu compatriota seja nas eliminatórias ou nas provas que valem medalha com a mesma intensidade. E somente um estrangeiro ganhou tratamento semelhante. Cesar Cielo despertou a mesma euforia que os representantes locais dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. O brasileiro estava em casa e retribuiu com acenos incomuns a seus famosos gestos antes de cair na água. O assédio sobre o campeão olímpico também foi grande com a imprensa internacional. O interiorano se saiu bem e expôs o lado poliglota nas entrevistas.
    “Não sabia que os mexicanos eram tão receptivos assim. É legal ter esse reconhecimento fora do Brasil. É divertido”, falou Cielo. A cada vez que o nome do brasileiro era anunciado pelo sistema de som do Centro Aquático, ouviam-se sonoros aplausos. Tratamento dedicado somente aos mexicanos até então. Na beira da piscina, o campeão olímpico respondia com acenos para os dois lados das arquibancadas do complexo.

    CIELO TEM DIA PERFEITO NO PAN

    • Flávio Florido/UOL
      O campeão olímpico e bi mundial não só nadou como teve 100% de aproveitamento em seu primeiro dia de disputa: levou o ouro nos 100 m livre e no revezamento 4x100 m livre. Além disso, o paulista ajudou o amigo e companheiro Thiago Pereira na busca por recorde de medalhas.

    Cielo não tem um ritual fixo antes de nadar. Mas os segundos que antecedem a prova costumam ter os famosos tapas pelo corpo “para acordá-lo”, o sinal da cruz e a cuspida da água da própria piscina. E muita concentração. Desta vez, teve interação com a torcida. O campeão olímpico até falou sobre uma mudança de postura no momento que antecede a largada. “Agora, consigo ver até se o bloco está um pouquinho sujo”, brincou.
    Na zona mista, mais assédio. Agora, dos jornalistas. Repórteres de várias partes do mundo estavam interessados em saber o que diria o nadador após a vitória nos 100 m livre. Sem sentir os efeitos da altitude durante a prova, Cielo sofreu com os 1.500 m acima do nível do mar depois do ouro. “A boca fica muito seca”, contou. Mesmo assim vieram as respostas, a maioria delas em português e outras em inglês. O espanhol apareceu mais para agradecer aos anfitriões e terminar com um: “Muchas gracias, México”.
    Na entrevista coletiva, ele até ajudou na tradução. Um jornalista fez a pergunta em inglês e Cielo a repassou para Bruno Fratus em português. O estreante em Pans, então, se soltou e também conseguiu responder em outra língua após a vitória da equipe brasileira no revezamento 4x100 m livre - o segundo ouro do campeão olímpico em Guadalajara.

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